Mais do que Produtividade, uma Questão de Sustentabilidade
Gerir bem o tempo não é apenas uma questão de fazer mais tarefas em menos horas — é, acima de tudo, garantir que o que realmente importa recebe a atenção certa no momento certo. Num mundo onde a pressão é constante e os recursos (sobretudo o tempo) são limitados, saber definir prioridades é uma competência essencial para qualquer profissional.
Ao longo da minha carreira profissional, passei por organizações onde a gestão do tempo, mais do que uma necessidade, era uma arte, sobretudo nas chamadas Big 4. Na Deloitte, uma experiência de aprendizagem para a vida, fui aperfeiçoando a gestão do tempo, primeiro a minha, e depois com o passar dos anos, das várias equipas sob a minha alçada. Uma equipa, uma organização, onde a gestão do tempo é conseguida por todos, resulta num melhor ambiente de trabalho, mais produtividade, e sobretudo uma maior qualidade de vida nas pessoas, o que tende a conseguir melhores resultados e sobretudo diminuir bastante a rotatividade nas organizações.
Uma boa gestão do tempo permite:
- Foco nas prioridades: Ao identificar o que é urgente vs. o que é importante, evitamos o desperdício de energia em tarefas de pouco impacto.
- Redução de stress: Um planeamento eficaz evita a acumulação de prazos e aquela sensação constante de estar “a correr atrás do prejuízo”.
- Mais qualidade no trabalho: Com tempo suficiente para pensar, rever e executar, o resultado final é mais sólido.
- Equilíbrio pessoal e profissional: Tempo bem gerido permite espaço para o descanso e a vida pessoal — e isso é, para mim, um dos melhores sinais na performance profissional.
Gerir o tempo é, no fundo, gerir a nossa atenção e energia. E quem domina essa arte, domina o seu próprio ritmo de vida e trabalho.